Pais de tenistas I
Um assunto intrigante no meio tenístico é a difícil, porém delicada missão de ser pai ou mãe de tenista. Uma tarefa que mescla paixão, emoção e que principalmente demanda muita sabedoria. Perguntas do tipo; Por que não consigo fazer com que meus filhos desenvolvam as competências necessárias são relativamente difíceis de responder visto que a maioria dos pais se vai bem com o relacionamento com os filhos em uma área podem “patinar” em outra, assim:
Acredita-se que todos possuam as competências necessárias para desenvolver seus talentos, talvez a mais notória diferença seja; alguns em um devido tempo, outros em outro chegam lá. Aqueles que acreditam que cada pessoa se desenvolve em um ritmo e no seu tempo é neste ritmo que as coisas devam acontecer e evoluir. Esta é uma grande e primeira resposta equacionada e solucionada, o tempo dos pais não é o mesmo tempo do filhos.
Pais de tenistas que conseguem discernir e reunir conhecimento desta sabedoria entre tantas outras sutis situações sobre o tempo hábil, verão que seus jovens filhos crescerão e se desenvolverão de maneira eficiente se estiverem na média ou acima da média nas questões seriedade e dedicação nos treinos. Assim, se lhes é respeitado o tempo os dons dos verdadeiro campeões poderão aflorar eis aqui a maior das questões.
O modo mais fácil da aprender não é talvez o que todos imaginem como deva ser, ou seja, não há um modo fácil de como deva ser, as coisas não são só “estalar” os dedos e pronto, como que com uma vara de “condão” está feita a mágica.
Há sim o modo de que os passos podem e devem ser dados com cautela, juntando a sabedoria dos pais, o conhecimento dos professores e técnicos e o esforço dos jovens e o esforço dos pais onde menos vale mais. Como assim? Quanto menos os pais “interferem”, opinam, procuram influenciar nos aspectos tenisticos com seus filhos mais felizes e motivados os pais verão seus filhos e por sua vez também poderão ser mais felizes com o esporte que seus filhos praticam.
Outra pergunta freqüente é: Por que muitas vezes não consigo motivar meu filho(a)? Primeiro, é porque, ninguém motiva ninguém. E como o mundo deles é em ‘outro tempo” aos pais cabe o papel de gestão na vida dos filhos como pessoas. A maior parte do restante sobre a vida esportiva dos filhos se possível deve-se delegar a um bom professor, um bom técnico. Mas não é isto que acontece, e muitas vezes infelizmente muitos jovens acabam abandonando por completo o esporte pela excessiva interferência por parte dos pais.
Por que as coisas não dão muito certo “entre eu e ele(a)” isto é algo que escuto com uma freqüência muito maior que desejaria. Todos nós sabemos que o que mais um pai ou um mãe “pretende” é claro, sempre o melhor aos seus filhos. Todos, absolutamente todos agem na melhor das intenções, agora, ser o “técnico” dos filhos, isto é algo que não funciona em 99,99% das vezes.
E se funciona é porque você é da área, ainda assim, mesmo você sendo da área do tênis há um preço a ser pago se pretende interferir se você for mãe ou pai de tenista e for “aconselhar”, orientar, porque é comum pais perguntem porque meus filhos não são educados? A melhor, mais concisa e sábia resposta seria pela experiência respondida assim: Atue sim, sempre com orientações pertinentes as responsabilidades como pai/mãe e por outro lado, evite sim, sempre orientar seus filhos de forma incisiva sobre como treinar, como jogar, como jogou porque jogou assim desta maneira, porque não jogou de outra e que perdeu porque assim em vez de jogar assado.
Pais inteligentes geram perguntas inteligentes do tipo presente e, não do passado (que não geram ação). Pais sábios geram perguntas proativas tipo, como devo fazer/agir para meu filho(a) aprenda de forma interessada, sistêmica e focada? Que tipo de comportamentos deve-se ter como pais para vê-los motivados? Como devo agir para que as coisas funcionem do jeito que ele/ela quer e não do jeito que eu gostaria para ver meus filhos mais felizes com o esporte e os resultados?
Que devo fazer e como agir para educar melhor meu filho(a) na vida, nos estudos, nas atividades familiares. Como incentivo a prática do esporte que ama sem permitir-me passar a linha demarcatória do “farol vermelho” até onde vai minha responsabilidade como pais e aonde começa a função que cabe ao professor ou técnico? A seguir no próximo artigo algumas pistas para reflexão.